jueves, 29 de abril de 2010

Agosto triste




Te extraño,
Busco llenar
Mi mente
De libros y discos.



Encuentro tus versos
En una botella
De vino chileno.



Ayer mi alma
Caminaba como
Un melancólico
Tango argentino.



Desperté vilipendiado
En plena luna llena
Intentando olvidar
Ese agosto triste.








Ronne Grey

sábado, 24 de abril de 2010

Ayer




Ayer, mientras escuchaba
La radio de Buenos Aires,
Empecé a pensar en castellano.



Caminaba como alguien
Que baila tango.



Mis vecinos ahora
Están seguros que
Soy un poeta extraño.



sábado, 10 de abril de 2010

Mangue triste



Abandonado em uma rede
Jaz uma solidão,
Lágrimas salgadas diluídas no vinho
De um pescador.


A insônia do mangue
Começa no tragar de
Um ébrio pôr-do-sol.


Partistes e eu apenas
Suspirei atarantado,
Lembrando do arrebol
Que loucamente fostes...
A Chuva

Sentado sob uma árvore,
Olhava para ti, e ficava
Viajando no barulho da
Chuva, ela molhou, mas
Não morgou tua parada.


Essa chuva excede meu lenço,
E fico vilipendiado, mas vem
E abraça, pois assim não se
Apagará nossa brasa viva.


Continuo na ebriedade, as pessoas
Observam-me, e eu permaneço
Andando em uma direção incerta.
Darei uma volta
Na praça para achá-la.


Hoje passei a tarde inteira com
Minha companheira, as pessoas
Correm da chuva, eu corro para
A chuva, penso com a chuva,
Ando com a chuva e morrerei chuva.











sábado, 3 de abril de 2010

Chananas


Poetas são chananas,
Nascem na beira
Do asfalto, decoram
Canteiros e lamas.

Quintais e caminhos
De flores amarelas,
Nascem na beira
Das calçadas.

Poetas não valem
Cinqüenta centavos
Na feira das Rocas.


Chananas são poetas
Esquecidos, são flores
Ciganas e livres.

Ronne Grey