domingo, 30 de octubre de 2011

Vinhos Envenenados


Indomável devaneio
sentir teu cheiro ébrio.


Minha mente delira
quando venera tua pele
branca e desnuda em
meu leito erudito.


Vinhos envenenados
sorriso proibido
com olhos dilatados
e sedentos.


Calado devoro
teu fruto com peles e pelos
ardentes e molhados.


Ronne Grey
Cigarrilha


líria porto

se eu morrer de asfixia
ficar roxa e coisas tais
não digam às minhas filhas
que foi morte natural
a culpa é dessa gente
que faz pose de inocente
e embaça o ar
Soneto Singelo


És meu verso singelo
minha brisa desvairada.
Em tua pele morena
poesia delira, delira.


Tua alma exala
flores silvestres,
teus olhos são arrebóis
que bailam no céu.


Meus olhos tristes
veneram o rio Potengi,
morena não olvides.


Ao amanhecer
somos almas livres,
e na madrugada dois irmãos.


Ronne Grey
Imprevisível




A quanto tempo
não te via
chuva cheirosa.




Adoro teu som,
tuas gotas frescas,
e teu brilho no asfalto.




Chegastes hoje
sem avisar,
molhando até aqueles
que não merecem.




Quando quiseres voltar,
não hesites.

(in)vocações

líria porto

séria eu seria - não tenhas dúvida
se a miséria mo permitisse
se a féria do dia me trouxesse a matéria
se não fosse uma pilhéria esse salário mínimo
:
preciso vender o que tenho entre as pernas
para pagar o leite dos meninos