martes, 5 de noviembre de 2013




Fecundo


Tua pele é um pecado
Insaciável na minha mente,
Incontrolável desejo demente,
Poeta languido e embriagado.


Entre bares e esquinas,
Apenas me perco,
Já que meus versos não te alcançam
Nem a mirada.



Nasci num século
Em que pedras cortantes
Valem mais que versos delirantes.



Hei de rasgar
Meu desejo, meus versos,
Pois, o fim é meu olvidar.





Ronne Grey




jueves, 10 de octubre de 2013

Indígena


As árvores já me conhecem,
E a menina bonita
Pergunta minhas aventuras,
Minha resposta, o silêncio.



Sentidos aguçados,
O verde era mais verde,
Então calado admirava,
Eu era um incenso.




Centenas de recordações,
Em minha mente estavam:
Precisava escutar o mar.



Minhas florestas, minhas praias,
O calor fraternal de minha tribo.
Meu pensamento era imenso, viajar...



Ronne Grey

domingo, 29 de septiembre de 2013

Praiana


Leve caminhar de morena praiana,
Aquele sorriso neste verso,
Um farol.


Rainha dos mares.
A tua carne não cabe em
Um soneto.


Pitangas macias são teus lábios,
Rubro e selvagem, teu corpo.
Um sol.



Doravante, em cada praia.
Deixarei novos
Versos e luares.



Ronne Grey
Minha Língua


Meu verso é minha língua.
Materna, escrita e poética.
Sou a poesia que não finda,
Mãe e filha da métrica.


Sou a metáfora menina,
A melodia que não finda,
Quando longe,
Sou tua vizinha.


Meu verso é minha língua.
Fraterna, bonita e estética.
Sou a poesia que não finda,
Mãe e filha da métrica.


Minha língua é minha pátria,
Quando longe,
Estou mais próximo ainda.


Ronne Grey