martes, 29 de noviembre de 2011
lunes, 28 de noviembre de 2011
Homenagem ao Cruz e Souza
Dilacerações
Ó carnes que eu amei sangrentamente,
ó volúpias letais e dolorosas,
essências de heliotropos e de rosas
de essência morna, tropical, dolente...
Carnes, virgens e tépidas do Oriente
do Sonho e das Estrelas fabulosas,
carnes acerbas e maravilhosas,
tentadoras do sol intensamente...
Passai, dilaceradas pelos zelos,
através dos profundos pesadelos
que me apunhalam de mortais horrores...
Passai, passai, desfeitas em tormentos,
em lágrimas, em prantos, em lamentos
em ais, em luto, em convulsões, em dores...
ó volúpias letais e dolorosas,
essências de heliotropos e de rosas
de essência morna, tropical, dolente...
Carnes, virgens e tépidas do Oriente
do Sonho e das Estrelas fabulosas,
carnes acerbas e maravilhosas,
tentadoras do sol intensamente...
Passai, dilaceradas pelos zelos,
através dos profundos pesadelos
que me apunhalam de mortais horrores...
Passai, passai, desfeitas em tormentos,
em lágrimas, em prantos, em lamentos
em ais, em luto, em convulsões, em dores...
Cruz e Souza
martes, 15 de noviembre de 2011
Bicho da Noite
Tem horas que só quero um cigarro,
Tem horas que procuro amigos
Para conversar perambulando
Pelas noites.
Nem a morte nem a vida,
Nem o corte nem a ferida.
Tem horas que me basta um café,
Tem horas que não sei quem sou.
Tem horas que fujo para os gritos da insônia.
viernes, 11 de noviembre de 2011
NÃO HÁ VAGAS
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
Ferreira Gullar
Baseado na Saudade
Marcado na agenda do
Imprevisível está o reencontro
De nossas almas loucas.
Por acaso nos conhecemos,
Por acaso nos amamos,
Sem aviso fostes para outro
Mundo, és livre....
O portal pode abrir,
Perambulo no chá da tarde,
Lateja loucura, horizonte infinito
Me dá vontade de correr,
Percorrer, percorrer...
Baseado na noite, digo
Que saudade são cicatrizes,
Vinho tinto, incerteza não será
Motivo para meus olhos tristes.
Ronne Grey
sábado, 5 de noviembre de 2011
Minha Alma
Loucura é o que minha
Alma sente pelo teu ser
Ungido, quando estou contigo
Tudo é belo, doce e
Infinito, infinito como
A alegria dos teus olhos.
Em tua alma me embriago como
Um profeta ébrio, esqueço do
Tempo, mundo e universo.
Em nenhuma estrela encontrei
A beleza que vejo em teus olhos,
Morei com os poetas e não provei
O vinho que há nos teus lábios.
Ronne Grey
Artificialmente Amado
As flores são perfumadas,
Ingênuas como criança dormindo,
Porém tu és fria como o metal
E fria como a neve.
Minha flor, tu és artificial,
De plástico, sem cheiro e sem sabor,
Verdadeiramente és mentirosa.
Não tens raiz, mas reguei quando
Te perdi, pedindo um cativo,
Porém fiquei cativo.
Agressivo, fiquei ao saber que
És artificial mesmo regando
O que tenho de mais natural,
O mar que revigora e capacita.
Ronne Grey
viernes, 4 de noviembre de 2011
Soneto Flores
Tua nostalgia é brisa
Suave em plena tempestade.
Teu pranto, melodia
Que corre no rio Tejo.
Escrevo uns versos
Que exalam vinho
Do Porto, para alegrar
Tua alma lusitana.
Vossa melancolia
Inunda meu peito de
Um delírio solidário.
Por isso, Pinto flores do Faro
Em um soneto
Surreal de licores.
Ronne Grey
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